sábado, agosto 23, 2014

ARTIGO: ATÉ QUE O PALANQUE OS UNAM


A grande besteira e que sempre ouço nas rodas de conversas (que muitas vezes saio à francesa) é aquela velha frase demagógica de que “ELES SÃO SOMENTE ADVERSÁRIOS POLÍTICOS, MAS AMIGOS PESSOAIS” – é uma tremenda inverdade que os palanques e as mesas de bares não reúnem no mesmo espaço.

Duvido a candidata Roberta Arraes (PSB) e a também postulante a uma vaga de deputada estadual Socorro Pimentel (PSL), levem um papo prolongado e amigável depois de tantas farpas trocadas entre ambas e os seus militantes.

E uma conversa sem hostilidade e com civilidade entre o prefeito Alexandre Arraes e Raimundo Pimentel – ambos do PSB – dar para fluir com tranquilidade sem sair faíscas? 

Alguém pode dizer: por que não?

“ELA NÃO TINHA NADA QUE VIR AQUI” – Frase dita pelo senador Jarbas Vasconcelos referindo-se a visita da presidente Dilma Roussef ao velório de Eduardo Campos no Recife, soou como um afronte e se espalhou como praga em milharal. Pronto! estava disseminado a discórdia. Isso é só um aperitivo para provar que entre adversários não existe armistício para diálogo amigável e que as farpas deferidas em palanque, deixam sequelas (isso sem generalizar – explico posteriormente) e não são condolências que mesmo tentando demonstrar sentimento, que irão corrigir essas marcas.


É claro que cada regra tem sua exceção e sempre vejo as coisas pelo ângulo polarizado da política brasileira, nesse caso específico, podemos exemplificar as disputas antológicas (se posso assim definir) entre PT e PSDB, que já duram décadas. Mas se queremos definir casos em que os políticos que viviam em pé de guerra e se aproximaram por afinidade ou por interesses pessoais, o próprio Vasconcelos é uma dessas figuras inconfiáveis. 

A exemplo de Araripina, podemos fazer uma lista dessas reviravoltas interesseiras (melhor não citar nomes para não responder judicialmente), inclusive tem uma história de dois políticos que se odiavam e um deles criou uma polêmica ao declarar em público e ao vivo, que queimaria a cadeira da prefeitura (nada de detalhes) e aí todos nós sabemos o desfecho. Estão juntos no mesmo palanque que conseguiu acomodar também os que se odiavam, se engalfinhavam, dizendo eles que estão todos unidos acreditando num projeto novo para Araripina.

E vocês acreditam nessa historinha?


Quantas pessoas (eleitores) que seguem o mesmo grupo há décadas ainda não se habituaram a lidar com aqueles que sempre foram contrários aos seus interesses?
As rusgas existem até hoje, mesmo que haja cordialidade na convivência. Mas basta começar as campanhas políticas, que o mesmo filme é reprisado, inclusive dentro das próprias famílias que se dividem. Isso é fato.

E dentro dos órgãos públicos, como estão sendo tratado àqueles que não votaram no atual gestor e continua a lhe fazer oposição?

Primeiro que os seus seguidores se sentem proprietários dos órgãos públicos “AQUI QUEM MANDA É NÓS” – e o aval é dado mesmo que algum sensato e apaziguador saia com a velha frase: “ELE NÃO SABE DE NADA”. Ele tem conhecimento de tudo, assim com o próprio Ministério Público que ou faz vista grossa ou finge não se envolver nessas questões políticas.

Ele tem que se envolver quando solicitado.

Macacada, “Os quarentas...”, termos pejorativos mostram que na hora de defender os seus candidatos não existem regras e todas elas são quebradas. É uma briga de boçais e incivilizados. Ninguém quer ouvir propostas e apenas os xingamentos e os defeitos dos candidatos são proferidos em palanque para que os militantes tenham bons motivos para aplausos e ovações.

Recentemente um evento chamou-me a atenção para comprovar e rotular o que dizemos: o encontro de dois inimigos políticos (inclusive em áudio um se vangloria de malversação) afastou parte de eleitores fiéis de um deles e isso prova que o compromisso firmado de um candidato ou político com o seu eleitor, tem que ser respeitado. Outro fato bastante notório é do nosso candidato a federal da terra, ele precisa de respaldo dos eleitores principalmente do Araripe, mas eles precisam acreditar que depois (como muitos fazem) das eleições os votos conseguidos não servirão para ele barganhar em troca de benefício próprio. Isso ele fez da outra vez.
E o assunto aqui discorrido quis mostrar que nem só os eleitores se dividem: as famílias, os amigos se separam, arestas que nunca serão aparadas, mágoas que não serão esquecidas, fazem parte desse jogo que muitas vezes terminam com uns poucos se beneficiando e tornando-se parte privilegiada e uma maioria que serviu apenas de escada para eles subirem sem lucrar ao menos do que é de direito.

E nesse jogo também tem aqueles que se dizem os espertos, ficam à espreita, visualizam o melhor momento e aí partem para o ataque. Sempre estão de cima, são corrompidos facilmente e conseguem dentro dos órgãos públicos os melhores empregos, mesmo que as habilidades não sejam algo de que eles são notórios detentores.

Esses aí militam em qualquer causa que tenha como definição a vitória. Eles entram na luta campal, e quando se define o fim do jogo, eles vão e jogam duros e conseguem emprego para toda a família. Se começássemos a citar aqui quem são essas famílias beneficiadas, e, diga-se de passagem, em todas as gestões municipais, eu criaria uma horda de inimigos.

Melhor deixar vocês como adivinhões. 
Boa Leitura!


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Blog do Paixão

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